28 março 2013

Princìpio Mental


O Intelecto é o princípio mental que distingue o homem do bruto; o seu aparecimento marca um grande avanço na senda da realização do espírito lançado na corrente da matéria. Antes, o ser é apenas emoção, desejos ou paixões, mas, depois do advento do Intelecto, goza da vontade raciocinadora e sente, em si, a manifestação da condição humana. É o despertar ou o amanhecer da consciência do "eu", porque o homem, então, já pode comparar-se aos outros seres e coisas; classifica, analisa, junta e separa os acontecimentos nos quais intervém ou os fatos que presencia. Principia a julgar os acontecimentos em torno de si, a ter consciência do "eu", embora, não possa definir tal condição. O homem já é um ser bom e evoluído, porém, o advento do Intelecto o ajuda a exercer o comando e o controle, cada vez mais enérgico, sobre os próprios instintos animais. Dominando as forças instintivas da velha animalidade, pode dispor de energias submissas para realizar a sua própria ascensão espiritual. Mas, se enfraquecer na posse da razão pode tornar-se pior do que as bestas, pois raros animais abusam de suas forças e desejos, como é feito habitualmente entre os homens, conforme se verifica comumente, no caso do prazer sexual. Ademais, se o Intelecto ajuda a raciocinar, e tanto pode exercer o seu poder sobre a Mente Instintiva como preparar o caminho para a melhor influência da Mente Espiritual, como só abrange certo limite, também pode criar a ilusão perigosa do "ego" separado do Todo, que é Deus. O intelecto humano é de raciocínio frio, como um jogador que só vê resultados compensadores e imediatos, num jogo de cartas. Quando o homem se abandona ao jugo do intelecto puro, de sua Inteligência imediatista e operante nos limites da forma, a própria razão sem o calor da intuição cria a ilusão de separatividade Por isso, o Intelecto funciona exatamente entre a Mente Instintiva, que tenta atrair o ser para o nível inferior dos brutos, e a Mente Espiritual, que prodigaliza as noções sublimes da vida superior dos espíritos puros.

RAMATÍS

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